Reflexão

As escolhas que fazemos

Escolhas.

A todo momento, uma a fazer: isso ou aquilo? agora ou depois? ficar ou ir? por aqui ou por ali?

Nos últimos dias tenho pensado sobre as escolhas – as pequenas que fazemos no dia a dia, as grandes que impactam toda a vida.

Há aquelas que parecem bobas e corriqueiras, mas que lá na frente nos fazem ver como foi importante tê-las feito um dia.

Há aquelas que, sem disfarce, já se mostram grandiosas, e sentimos de pronto que elas renderão emocionantes capítulos da nossa história.

Há escolhas que fazemos sem muito pensar, meio que no susto, e depois respiramos aliviados por terem dado “certo” (foi instinto, né?).

Como também há aquelas que pensamos e pensamos, fazemos listas de prós e contras, pedimos conselhos, e, ainda assim, o friozinho na barriga permanece ao fazê-las, porque não há garantias do resultado que virá.

Afinal, não importa o processo de decisão – se rápido ou demorado -, o que seguirá a uma escolha é de fato imprevisível. O que nos cabe é escolher, acalmar o coração, esperar e então, cedo ou tarde, colher os frutos (e consequências) dessa escolha.

De fato, escolher demanda coração, razão, ação. Demanda assumir riscos, demanda fé. Escolher muitas vezes nos faz abrir mão de algo até bom, para que estejamos com as mãos livres pra abraçar algo ainda melhor.

E mesmo quando escolhemos bem, não significa que a partir dali tudo irá fluir tranquilamente. Não significa que não encontraremos dificuldades no caminho.

Porque mesmo quando fazemos as boas escolhas, até quando escolhemos aquelas que são as melhores, algo será exigido de nós. Pode ser que seja exigido de nós tempo, esforço, estudo, dinheiro, dedicação. Pode ser que exigirá de nós mais coragem, mais perdão, mais amor, mais fé…

Escolher o melhor nem sempre será escolher o caminho mais fácil. Mas com certeza será o caminho que mais trará sentido para a vida ao seguir por ele.

Por isso, mantenha-se firme!
Orgulhe-se de suas escolhas.
Lute por suas escolhas.
E perdoe-se pelas escolhas equivocadas.
Porque no emaranhado que é a vida, até as escolhas que não deram “tão certo assim” podem nos levar a novas (e incríveis) escolhas.

Boas escolhas hoje para você!

Poesia

Pai, em você encontrei amor

Pai,
No calor do seu abraço, encontrei meu espaço:
esse de ser criança leve, e quando adulto, livre para ser quem eu quiser ser.

Em sua presença, encontrei segurança:
para compartilhar as dores da vida, para dividir as alegrias.

Na tranquilidade da sua voz, encontrei direção:
para dar o próximo passo, para seguir meu caminho sem medo.

Em seu cuidado, encontrei significado:
para lutar, para errar, para recomeçar.

No seu apoio, encontrei força:
para sonhar, para viver, para ser ainda mais feliz.

Pai,
Em você, encontrei amor.

Poesia

Para a irmã caçula

Lembro-me como se fosse ontem.

Mãe contando que teria um bebê,
eu sem saber bem o porquê,
berço montado, roupinhas lavadas,
Tudo sendo preparado.

Irmãos olhando lista para escolher nome
(para um menino),
Mãe olhando genealogia bíblica para escolher nome
(para um menino).

Pai levando mãe para o hospital,
eu ficando para trás, em casa de vizinha,
Pai contando, no portão: nasceu, É UMA MENINA.
Mas e agora, que nome colocar?

Alanisa, ruim para chamar,
imagina quando precisar brigar?
Fica Alaisa, mais simples, diferente,
parece até nome de gente chique, importante.

Bebê tão pequenininha,
Que chora, que sorri engraçadinha,
Bebê tão frágil, enquanto via Chaves, meu Deus, deixei ela cair.
Mãe acode, me acalma, ela vai ficar bem, volte a assistir!

Bebê que dá os primeiros passos,
Minha bonequinha de brincar falante,
Eu me apego a ela, posso levar junto?
Ela se apega a mim, posso ir junto?

Tempo que voa!
Arrumar cabelo, buscar na escola.
Tempo que voa!
Emprestar roupa, ser companhia para qualquer lugar.

Tempo que voa!
Brincar, brigar, fazer drama, a gente se acertar.
Tempo que voa!
Uma pela outra, juntas qualquer coisa enfrentar.

E assim, juntas
Compartilhar a vida,
Realizar sonhos,
Chorar e encontrar conforto,
Nunca ter medo de expor quem somos,
Confiar nesse amor tão profundo que temos.

Hoje,
Minha Isa,
Ainda minha caçulinha,
Ainda mais linda, forte, determinada
Ainda mais parecida com Cristo,
Minha melhor amiga,
Para sempre, minha pessoa.

Eu te amo.
Por você, eu vou.
Por você, eu fico.
Por você, eu luto.
Você me salva de mil maneiras.
E eu te “salvaria” outras mil vezes mais.

*Uma declaração de amor para a irmã mais nova que completou 27 anos.