Devocional

Dezembro chegou!

Dezembro chegou.
E meu desejo é preparar o coração para receber Jesus, nosso Natal.
Que seja um tempo de celebração.
De adoração.
De gratidão.
Com simplicidade.
Generosidade.
Alegria.
Com gente querida.

Dezembro chegou.
No coração, a chama da esperança se acende: Ele vem!
O Deus que é grande vem como menino pequenino.
Com Ele, vem o amor que anseio.
Com Ele, vem a luz que expulsa o medo.
Com Ele, vem a paz que me aquieta.
Com Ele, vem a vida que se expande. Em mim, para além de mim.

Dezembro chegou:
Vem Natal!

Poesia

A conversa mais importante

O dia começa e antes que eu sinta o sol, sinto o peso de todos os compromissos que me esperam.

O dia segue nessa correria, e me acompanha a certeza de que o tempo nunca será o bastante para tudo que preciso ou quero fazer.

Então, mais um dia vai chegando ao fim. Enquanto aguardo o descanso, dou conta das poucas e apressadas palavras que trocamos ao longo do dia. Algumas delas foram até meio inconscientes, só por hábito.

Percebo, envergonhada, que já não sei quando foi a última vez que tivemos uma conversa de verdade.

Aquela conversa em que, tranquilamente, conto sobre meu dia, o que me fez sorrir, o que me entristeceu ou entristeceu a ti. Sobre as pessoas que fizeram parte desse dia, e como desejo que cuide delas.

Aquela conversa em que, sem reservas, eu falo sobre todas as coisas que estão aqui dentro: anseios, medos, preocupações, dúvidas. Sobre os sonhos, dos simples aos que insisto em chamar de impossíveis.

Como uma fonte, as palavras jorram, se atropelam, se bagunçam, mas sei que uma a uma são compreendidas. Até aquelas que não consegui dizer.

Ah, como é maravilhoso saber que a tudo isso, você ouve. Entre milhões de pessoas, no meio de tantas outras conversas, sei que nesse momento, você ouve a mim!

E então, com tanta graça e amor, responde. A voz mais doce e suave que conheço. A mais forte e poderosa que temo.

Me responde com exortações, promessas, testemunhos lidos da Sua Palavra. Às vezes, me responde trazendo à memória uma canção.

Há vezes também que parece nada responder, apenas há​ o silêncio aquecendo meu coração. Mas ainda assim, é um sussurro que fala ao mais profundo de mim, de uma forma que a voz mais alta jamais poderia.

Ah, como preciso de nossas conversas.

São nessas conversas que eu me aquieto. Que as ansiedades fogem. Que o medo desaparece. Que as preocupações se provam​ desnecessárias.

É quando eu lembro por onde já caminhamos. Pela presença nos momentos difíceis, aqueles que pensei que não suportaria. Pelas providências que tanto precisava e por muitas que nem imaginava. Pelas lágrimas enxugadas.

São nessas conversas que eu vejo um pouco mais além. Que olho para o que é eterno. Para as coisas que ainda virão. Pelas promessas que se cumprirão. Pela certeza de que haverá um tempo em que ao conversarmos, oh, Jesus, será face a face.

Ah, meu amigo. Me perdoe porque hoje eu escolhi tantas outras coisas, e não a melhor parte. Por ter procurado tantas pessoas para conversar, e não antes a Ti. Por ter demorado tanto a me sentar aos teus pés e te ouvir falar. Por ter demorado a inclinar minha cabeça em teu peito.

Ah, meu amigo Jesus, obrigada porque agora eu estou aqui. E Tu estás aqui. E esse é o momento de termos nossa conversa.

Poesia

Como compreender tamanho amor?

As palavras não poderiam descrevê-lo com perfeição
Pois antes mesmo que elas existissem, Ele é.

Os céus não poderiam contê-lo,
Nem a religião limitá-lo.

A ciência não poderia explicar 
Nem tão pouco minha mente entender. 

Afinal, como compreender que Ele, enquanto criava céus e terra cheios de beleza, também pensava em mim?
Como compreender que Aquele que é o Deus Todo-Poderoso buscava a companhia de Adão no jardim?

Como compreender que Aquele que é o Deus cheio de Glória e Majestade se sujeitou a um corpo humano?
Que Aquele que é Deus Tão Grande se fez menino e habitou entre nós?

Como compreender que Aquele que é a própria Vida aceitou morrer por mim?
Como compreender que todo o sofrimento, entrega e submissão de Cristo até a morte (e morte de cruz), foi para que eu pudesse voltar para seus braços, em paz?

Como compreender a dimensão do que faz por mim desde que nasci?
Que o Deus Soberano se importa com cada dor, medo, angústia do meu coração?

Como poderia compreender a profundidade do seu amor?
Que o Deus que é Santo, Santo e Santo amou a mim, pecador?

Ainda que eu vivesse mil anos, não compreenderia mais do que compreendo hoje.
Ainda que passasse todos os minutos O agradecendo, não bastaria diante do que recebi.

Oh, que bom saber que terei a eternidade para agradecê-lo e louvá-lo.
Que terei a eternidade para compreender e viver todo esse Amor!
E como é maravilhoso saber que ainda assim não será suficiente!