Reflexão

Aos professores, toda gratidão

Professor é esse ser que ensina, que instiga, que leva ao questionamento, à reflexão, à construção do pensamento.

Professor é esse ser com mãos firmes que guiam mãos pequenas sobre o papel, rabiscos que vão tomando forma, se tornando letra cursiva, desenhos, projetos.

Professor é esse ser com voz forte, que muitas vezes se repete, que encontra outro jeito de explicar, até fazer entender – o conceito, o ensino, o sentido.

Professor é esse ser com olhar atento, que percebe a dúvida, o medo de errar, a inquietação para o sinal do intervalo. Que vê além da nota, que vê o futuro, que vê potencial em cada aluno.

Professor é esse ser que enfrenta desafios, que se reinventa, que muda caminhos, que cria outras estratégias, que busca forças a cada manhã. É esse ser que luta por direitos – os seus, os dos seus alunos. Que luta pela Educação de todo um país.

Professor é esse ser humano frágil e, ao mesmo tempo, tão mágico, que acende a luz para o novo, para o desconhecido, para as infinitas possibilidades.

Gratidão a todos os professores – em especial, aos que tanto contribuíram para minha formação e guardo com carinho no meu coração.

Reflexão

As escolhas que fazemos

Escolhas.

A todo momento, uma a fazer: isso ou aquilo? agora ou depois? ficar ou ir? por aqui ou por ali?

Nos últimos dias tenho pensado sobre as escolhas – as pequenas que fazemos no dia a dia, as grandes que impactam toda a vida.

Há aquelas que parecem bobas e corriqueiras, mas que lá na frente nos fazem ver como foi importante tê-las feito um dia.

Há aquelas que, sem disfarce, já se mostram grandiosas, e sentimos de pronto que elas renderão emocionantes capítulos da nossa história.

Há escolhas que fazemos sem muito pensar, meio que no susto, e depois respiramos aliviados por terem dado “certo” (foi instinto, né?).

Como também há aquelas que pensamos e pensamos, fazemos listas de prós e contras, pedimos conselhos, e, ainda assim, o friozinho na barriga permanece ao fazê-las, porque não há garantias do resultado que virá.

Afinal, não importa o processo de decisão – se rápido ou demorado -, o que seguirá a uma escolha é de fato imprevisível. O que nos cabe é escolher, acalmar o coração, esperar e então, cedo ou tarde, colher os frutos (e consequências) dessa escolha.

De fato, escolher demanda coração, razão, ação. Demanda assumir riscos, demanda fé. Escolher muitas vezes nos faz abrir mão de algo até bom, para que estejamos com as mãos livres pra abraçar algo ainda melhor.

E mesmo quando escolhemos bem, não significa que a partir dali tudo irá fluir tranquilamente. Não significa que não encontraremos dificuldades no caminho.

Porque mesmo quando fazemos as boas escolhas, até quando escolhemos aquelas que são as melhores, algo será exigido de nós. Pode ser que seja exigido de nós tempo, esforço, estudo, dinheiro, dedicação. Pode ser que exigirá de nós mais coragem, mais perdão, mais amor, mais fé…

Escolher o melhor nem sempre será escolher o caminho mais fácil. Mas com certeza será o caminho que mais trará sentido para a vida ao seguir por ele.

Por isso, mantenha-se firme!
Orgulhe-se de suas escolhas.
Lute por suas escolhas.
E perdoe-se pelas escolhas equivocadas.
Porque no emaranhado que é a vida, até as escolhas que não deram “tão certo assim” podem nos levar a novas (e incríveis) escolhas.

Boas escolhas hoje para você!

Reflexão

Sobre a corda bamba

Sobre a corda bamba estou, braços estendidos sem nada tocar. O desafio é meu, o medo é meu, o equilíbrio também é meu.

O vento da incerteza procura me abalar, miragens tentam me distrair. Medos me ameaçam e as derrotas do passado embaçam a visão.

Voltar parece ser tão mais simples, seguro, fácil. Cair até parece ser menos doloroso do que seguir. Mas em continuar está a verdadeira razão e sentido da vida, mesmo quando não vejo no horizonte o ponto de chegada.

Às vezes, nessa corda bamba da vida, o desequilíbrio é inevitável e a queda é iminente. Os braços se estendem desesperados por encontrar uma mão, alguém para compartilhar o desafio, firmar os pés e expulsar o medo.

E encontro.

E assim, percebo que não estou sozinha. Que esta jornada pode ser mais leve, tranquila e até divertida. E que se eu quiser, o vento também pode ser brisa refrescante. Se eu mudar de perspectiva, há paisagens para me encantar. Se eu refletir, as incertezas são a prova de que tudo é possível. E se eu ponderar, foram as derrotas do passado que me prepararam e me tornaram mais forte para viver esse momento.

A corda continua bamba e ainda não enxergo ao longe. Mas ao olhar para o lado, lá está o sorriso confiante e os olhos doces que me dizem com segurança que valerá a pena ir até o final.

NEle, encontro o equilíbrio que preciso para continuar.

(publicado em 2011, atualizado em 2021)