Poesia

Um novo ano está nascendo!

Mulher na janela corre em direção ao novo ano que está nascendo

Contagem regressiva,
Coração cheio de expectativa.
Algo grande está para acontecer:
Um novo ano está nascendo para você!    

Enquanto se despede do ano que passou
Abra bem a janela da memória,
Lembre-se do quanto conquistou,
O quão longe já foi!  

Enquanto se prepara para o novo convidado,
Abra bem os olhos da esperança,
Veja como está cada vez mais perto
De realizar sonhos, de causar mudanças.  

Enquanto aguarda pela tão bem-vinda chegada,
Abra bem o coração, o íntimo da alma,
Sinta toda a beleza,
Toda as maravilhas que te aguarda!  

E mesmo que veja ao horizonte
Situações difíceis, lágrimas, dias sem sentido,
Recuse fechar os olhos da confiança
Lembre-se que depois da tempestade, o sol volta a brilhar, vem a bonança!  

Um novo ano nasceu para você.
E com ele, surpresas e mistérios que valem a pena desvendar.
Mantenha os braços abertos
E receba tudo o que a VIDA quer lhe dar.

Feliz ano novo!

Poesia

Os momentos que eu registrei

Fotografias nas mãos.
Algumas nítidas, outras já desbotadas pelo tempo.
Em todas, lembranças.

Olha aqui! Todos rindo, espalhados, bagunçados, distraídos.
Olha essa! Todos em seus devidos lugares, pose forçada
(quem sabe, a melhor que puderam fazer!).

Uma por uma, eu as passo entre os dedos.
Com carinho.
Com cuidado.

Às vezes, sem nem perceber, lágrimas caem, em profunda saudade.
Outras vezes, sem nem perceber, ouço minha risada alta.

E num piscar de olhos,
Me vejo em outro tempo.
Em outro lugar.
Em boa companhia.

Volto à decoração antiga da casa
E ao quintal de terra que não existe mais.
Volto aos lugares que tanto gostei de conhecer,
E aos lugares que foram meu refúgio por um tempo.

Volto no tempo!
Me vejo novamente criança, com uniforme da escola
Ou com um vestidinho branco, rodado, cheio de laços.
Volto a ver meus irmãos adolescentes, com cara de tédio.
Volto a ver minha irmã bebê, chorando de cólica, no colo da minha mãe
(ou será que ela está chorando por que eu a derrubei sem querer?)

Vejo a turma de amigos, todos bem juntos,
Numa época que era tão fácil ser feliz e sonhar.

Vejo a professora que eu admirava e que uma vez me fez sentar no fundo da sala,
Vejo o canto do pátio onde eu sentava, muitas vezes esperando a vida começar.

Vejo minha gatinha Sophia deitada na escada,
A cachorra Pureza pulando no sofá,
O miquinho no ombro do meu irmão.

Vejo a vó na porta de casa, lá em Minas.
Um monte de primos sonolentos, mas bagunçando, em festa de natal.
E vejo pessoas queridas que já se foram
(ai que vontade de abraçar quem está nessa foto!).

Com o coração aquecido,
Quanta coisa revivi!
Olhei nos olhos de quem hoje está distante.
Ouvi a canção Aquarela,
Senti areia sob os pés,
Me acalmei no rio,
Suspirei por causa do primeiro amor.

Fotografias têm mesmo esse efeito.
Permite que eu segure em minhas mãos
Momentos que já estavam registrados na memória,
Guardados no coração.

Ah, como eu amo ver fotografias!
Seja dos momentos únicos, tão especiais, marcantes.
O aniversário, a viagem,
A formatura, o casamento,
O bebê que chegou.

Mas, e as fotos daqueles momentos tão corriqueiros
Mãe fazendo o almoço, pai cuidando da horta?
Quero fotografá-los também,
Pois lá no fundo eu sei,
Que esses serão os momentos que mais sentirei falta.
E só então, perceberei como eram também momentos únicos, especiais e marcantes,
Dignos de muitas fotografias.

E enfim, como um segredo, guardo minhas fotografias,
Com o desejo de encontrar novas paisagens, ângulos e
Momentos que eu possa segurar com todas as minhas forças…

*Texto adaptado de outro texto meu, publicado em Mais Viver Unimed Paulistana

Poesia

As promessas que eu fiz


Prometi que não ligaria mais para aqueles que não me ligam
Que não me importaria com aqueles que não se importam
E nem procuraria por quem não quer ser encontrado.

Prometi que jogaria fora os rascunhos passados
Bilhetes rasurados e amassados,
Cheios de palavras que não fazem mais sentido 
(mas por que será que ainda os guardo?)

Prometi que respeitaria o seu lado
Que entenderia seu caminho 
E apoiaria suas decisões.

Prometi que não guardaria os pedaços, 
Que tiraria sua foto do meu quarto
E que não escreveria cartas sem destino.

Prometi que não sorriria ao ouvir seu nome,  
Que o coração não bateria acelerado ao ouvir o telefone,
E que não ouviria mais a música que conta tão bem nossa história.

Prometi que não pensaria em você
E que se pensasse, não sofreria
E que se sofresse, não choraria.
(e você sabe que eu só choro depois de ser muito forte!)

Promessas que tentei, 
Desesperadamente cumprir.
E nem preciso dizer que não consegui…

Deve ser por causa daquela que fiz há tanto tempo.
E é tão fácil cumprir: a de sempre amar você.