Quando as desavenças e mágoas surgirem, que renasça o AMOR, abrindo as portas para o perdão e a reconciliação.
Quando o caminho for longo e tenebroso, que renasça a FÉ, fazendo com que o medo vá embora e deixe espaço para a paz.
E quando os dias forem sombrios e difíceis, que renasça a ESPERANÇA de que haverá um Domingo de Páscoa. E, com ele, a luz voltará a brilhar e a morte dará lugar à vida!
Páscoa é passagem, é renascimento, é celebração!
Por causa da morte e ressurreição de Jesus Cristo, podemos renascer para o Amor, a Fé e a Esperança.
Por todo o mundo, as notícias são de morte. A cada instante, os números crescem. Por trás de cada número, uma pessoa. Uma pessoa com nome, sonhos e tanto desejo de viver. E a cada vida que se vai, uma família que fica. Que fica com a saudade, com o choro, com o quarto vazio, o lugar na mesa vazio. E a cada vida que se vai, um amigo que fica. Fica com o coração doído, com a risada guardada, a história na ponta da língua (e agora, pra quem irá contar?).
Desde o início do mundo é assim. A morte separa, faz chorar, faz doer. Ela avisa que vai chegar, mas ninguém a espera. E quando chega é surpresa, não dá tempo pra despedidas, “mas ontem eu falei com ele, estava tão bem…”. A morte vem pra todos, não poupa ninguém. Não se importa com a idade, com o dinheiro, não pergunta se já realizou os sonhos que queria, se já se apaixonou, se há alguém com quem se reconciliar. Ela apenas vem. Arranja uma desculpa e vem. Foi um acidente, foi um câncer, foi a guerra, foi o novo vírus, foi mal súbito, foi de repente.
Mas não era para ser assim! Quando tudo começou o sopro era de Vida. Apenas Vida! Mas o pecado entrou em cena e com ele a morte… mas não para sempre.
Porque houve um tempo, que o próprio Deus veio ao mundo. Nasceu como menino chorão, dobrinhas no joelho, cheirinho, olhos curiosos, mãozinhas espertas. O menino, chamado Jesus, cresceu, se provou Mestre. Ensinou, inspirou, confrontou. Fez amigos, brincou com o vento, com as impossibilidades, com as crianças. E aqui também experimentou a dor. A traição. A Cruz. E nela, se viu desamparado. Viu a Mãe e o amigo chorando. Fez perguntas. Na mesma Cruz, perdoou. Pronunciou palavras de esperança. De consolo. E naquela sexta-feira, entregou ao Pai seu espírito e morreu. O motivo? Amor. O Maior Amor do Mundo.
Mas a morte ficou inquieta. Andando de um lado para outro, sabia que algo poderoso estava para acontecer. Que dessa vez a vitória seria de outro. Domingo chegou, e não teve para onde fugir. O túmulo ficou vazio. A morte foi vencida, Jesus Ressuscitou!
Para todo o mundo, que Grande Notícia! A morte não tem a palavra final. Há vida prometida. Há esperança. Na morte, há encontro – com o próprio Autor da Vida!
Diz um ditado por aí que para tudo se dá um jeito, menos para a morte. Pois olha só, até pra morte há um jeito – e esse jeito é uma Pessoa, é Jesus!
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca irá morrer. Crês tu isto?” – João 11.25-26
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3.16
PÁSCOA É PASSAGEM. É lembrar que há motivos para seguir em frente, passando pelas dificuldades, passando por cima do medo, sabendo que chegará do outro lado ainda mais forte. PÁSCOA É MORTE. É entender que há coisas que devem permanecer mortas e enterradas – mágoas, desavenças, erros do passado. É encher-se do amor – aquele que é capaz de matar o egoísmo, a indiferença, o olhar atravessado, o preconceito. E ACIMA DE TUDO, PÁSCOA É VIDA. É perdoar para que a amizade RENASÇA. É RENOVAR a esperança, mesmo diante do que parece ser o último suspiro. É RESSUSCITAR os sonhos, há muito esquecidos e abandonados. É DESFRUTAR DA VIDA com gratidão e alegria. É CONFIAR que depois da sexta-feira escura da paixão surgirá o sol de domingo, anunciando a ressurreição.
\”Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós\”. – I Co 5.7