Por que sofrer tentando controlar O que está fora Do alcance, Tão distante, Quando a todo instante, Surge o inesperado, O inevitável, O que é incontrolável?
Afinal, seria mesmo possível controlar Esse emaranhado De caminhos, Curvas, Rotas confusas, O destino, A próxima parada, Se haverá saída?
Como querer controlar Se haverá sol, Chuva, Brisa, Vento, Bom tempo, Como controlar O tempo?
Esse tempo Destemido, Que vai indo, Que já foi, Que não enrola, Que não volta, Que escapa, Que nem chega?
Como querer controlar O sentimento que surge, Envolve, Esse mistério, Por quem se apaixona, Se também será amado, Se será eterno, Se será mesmo amor?
Como querer controlar O desencontro, Se haverá outra chance, Quem vai partir, Se um dia voltará, A despedida, O desenrolar da vida, O suspiro final?
Ah, quanta inocência, Que ilusão, De algum dia achar, Considerar, Que tanta coisa, Que tanta situação, Por mais simples que pareça, Poderia controlar.
Por todo o mundo, as notícias são de morte. A cada instante, os números crescem. Por trás de cada número, uma pessoa. Uma pessoa com nome, sonhos e tanto desejo de viver. E a cada vida que se vai, uma família que fica. Que fica com a saudade, com o choro, com o quarto vazio, o lugar na mesa vazio. E a cada vida que se vai, um amigo que fica. Fica com o coração doído, com a risada guardada, a história na ponta da língua (e agora, pra quem irá contar?).
Desde o início do mundo é assim. A morte separa, faz chorar, faz doer. Ela avisa que vai chegar, mas ninguém a espera. E quando chega é surpresa, não dá tempo pra despedidas, “mas ontem eu falei com ele, estava tão bem…”. A morte vem pra todos, não poupa ninguém. Não se importa com a idade, com o dinheiro, não pergunta se já realizou os sonhos que queria, se já se apaixonou, se há alguém com quem se reconciliar. Ela apenas vem. Arranja uma desculpa e vem. Foi um acidente, foi um câncer, foi a guerra, foi o novo vírus, foi mal súbito, foi de repente.
Mas não era para ser assim! Quando tudo começou o sopro era de Vida. Apenas Vida! Mas o pecado entrou em cena e com ele a morte… mas não para sempre.
Porque houve um tempo, que o próprio Deus veio ao mundo. Nasceu como menino chorão, dobrinhas no joelho, cheirinho, olhos curiosos, mãozinhas espertas. O menino, chamado Jesus, cresceu, se provou Mestre. Ensinou, inspirou, confrontou. Fez amigos, brincou com o vento, com as impossibilidades, com as crianças. E aqui também experimentou a dor. A traição. A Cruz. E nela, se viu desamparado. Viu a Mãe e o amigo chorando. Fez perguntas. Na mesma Cruz, perdoou. Pronunciou palavras de esperança. De consolo. E naquela sexta-feira, entregou ao Pai seu espírito e morreu. O motivo? Amor. O Maior Amor do Mundo.
Mas a morte ficou inquieta. Andando de um lado para outro, sabia que algo poderoso estava para acontecer. Que dessa vez a vitória seria de outro. Domingo chegou, e não teve para onde fugir. O túmulo ficou vazio. A morte foi vencida, Jesus Ressuscitou!
Para todo o mundo, que Grande Notícia! A morte não tem a palavra final. Há vida prometida. Há esperança. Na morte, há encontro – com o próprio Autor da Vida!
Diz um ditado por aí que para tudo se dá um jeito, menos para a morte. Pois olha só, até pra morte há um jeito – e esse jeito é uma Pessoa, é Jesus!
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca irá morrer. Crês tu isto?” – João 11.25-26
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3.16
Deixaste A vida em suspensão, Pairando no ar. Disseste: Até que aconteça algo Ela assim ficará.
E assim,
Aguardaste Um amor Para sorrir, Um lugar diferente Para ir, Um grande festa Para se divertir, Uma ocasião especial Para a roupa nova vestir.
E assim, Esperaste Um emprego melhor Para se dedicar, Ouvir um pedido Para ajudar, Um oportunidade de ouro Para aproveitar, Pessoas perfeitas Para amar.
E assim, Não viste: Os dias se foram, Tudo passou. Nem percebeste Quando as linhas arrebentaram E a vida acabou.