
Ele sorria,
Contando história,
Empolgado,
Descontraído.
O que ninguém via
Era o poema inacabado,
O cansaço de ser,
O suspiro de esgotado.
O que ninguém via
Era a mensagem que deixou para depois
O desejo que ficou para depois
O compromisso que adiou – outra vez.
Sua voz cada vez mais alta,
Tentando calar o grito interno,
O pensamento acelerado,
O choro de dentro.
Sua voz cada vez mais baixa,
Palavras minguadas,
Sussurro…
Alguém consegue ouvir?
Setembro passou,
E ele seguiu
Com suas dores ocultas, disfarçadas…
Alguém o alcançará para segurar sua mão?