Poesia

Por causa do TUDO

E a gente vai dando conta, segurando as broncas, fingindo que não vê, que não ouve, respirando fundo, contando até 10, até 50, haja número, erguendo a cabeça,  engolindo o choro, dançando uma música barulhenta e sem ritmo, buscando algum sentido, correndo contra o tempo, perdendo o precioso tempo, ganhando culpa, não se dando ao trabalho de nenhuma desculpa, ignorando as palavras ditas (e malditas), relevando os olhares tortos, desviando da fúria, do ataque, aguentando a dor, o cansaço, a verdade, jogando um jogo com regras que ninguém entende, sem pausa, sem reprise, sem torcida. 

E apesar de tudo (ou por causa do TUDO que um dia virá), a gente não desiste e segue em frente, dando conta, segurando as broncas…

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